Por se tratar de condição frequentemente assintomática, a HA costuma evoluir com alterações estruturais e/ou funcionais em órgãos-alvo, como coração, cérebro, rins e vasos.1
Ela é o principal fator de risco modificável com associação independente, linear e contínua para doenças cardiovasculares (DCV), doença renal crônica (DRC) e morte prematura.1
Associa-se a fatores de risco metabólicos para as doenças dos sistemas cardiocirculatório e renal, como dislipidemia, obesidade abdominal, intolerância à glicose, e diabetes melitus (DM).1
A HA tem alta prevalência, é de fácil diagnóstico e possui tratamento adequado, porém, pode ser de difícil controle pela baixa adesão medicamentosa. A prevenção da HA é custo-efetiva e o melhor caminho para a diminuição da morbimortalidade cardiovascular.1
A proteção cardiovascular (CV) consiste no objetivo primordial do tratamento anti-hipertensivo. A redução da pressão arterial (PA) é a primeira meta, com o objetivo maior de reduzir desfechos CV e mortalidade associados à hipertensão arterial (HA).1
Acessar MedpediaEstratégia inicial recomendada para hipertensos estágio 1 de moderado e alto risco e estágios 2 e 3, preferencialmente em comprimido único.1
A monoterapia deve ser considerada para hipertensos estágio 1 de baixo risco e para muito idosos e/ou indivíduos frágeis.1
Rediscutindo causas e estratégias para melhorar o tratamento e controle da pressão arterial em pacientes hipertensos. Leia nosso infográfico.
Acessar MedpediaA classificação do risco CV depende dos níveis da PA, dos FRCV associados, da presença de lesões em órgãos-alvo (LOA),que são lesões estruturais e/ou funcionais decorrentes da HA em vasos, coração, cérebro, rins e retina, e/ou da existência de DCV ou doença renal estabelecidas.
*Para que se defina a presença de síndrome metabólica pelos critérios da International Diabetes Federation (IDF) é necessário haver obesidade central, definida como circunferência abdominal > 80 cm em mulheres ou > 94 cm em homens de descendência europeia ou africana ou > 90 cm naqueles de descendência asiática, além de dois entre os quatro fatores a seguir: triglicerídeos > 150 mg/dL, HDL-C baixo (< 40 mg/dL em homens e < 50 mg/dL em mulheres), hipertensão arterial; glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL ou DM tipo 2 previamente diagnosticado.
Fique por dentro das novidades sobre hipertensão. Acesse aulas, vídeos e outros tipos conteúdos.
CV: cardiovascular; DCV: doença cardiovascular; DM: diabetes melitus; DRC: doença renal crônica; ECG: eletrocardiograma; ECO: ecocardiograma; FC: frequência cardíaca; FR: fator de risco; FRCV: fator de risco cardiovascular; GR: grau de recomendação; HA: hipertensão arterial; HDL-colesterol: lipoproteínas de alta densidade; IDF: International Diabetes Federation; IMC: índice de massa corporal; IMVE: índice de massa ventricular esquerda; ITB: índice tornozelo-braquial; LDL-colesterol: lipoproteínas de baixa densidade; LOA: lesão em órgão-alvo; NE: nível de evidência; PA: pressão arterial; PAD: pressão arterial diastólica; PAS: pressão arterial sistólica; RFG-e: ritmo de filtração glomerular estimado; VOP: velocidade de onda de pulso.
1. Barroso WKS, Rodrigues CIS, Bortolotto LA, Mota-Gomes MA, Brandão AA, Feitosa ADM, Machado CA, et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arq. Bras. Cardiol. 2021;116(3):516-658./p>
Não quer mais receber nossos e-mails?
Cancelar